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7 dicas para se dar bem com os americanos no trabalho

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No trabalho, os americanos são muito diferentes dos brasileiros. Aprenda como se relacionar com chefes, colegas de trabalho e subordinados nascidos nos Estados Unidos

Se você é como a maioria das pessoas, a cultura americana está presente no seu dia a dia desde que você nasceu. No Brasil e em quase todos os outros lugares do mundo, não falta influência norte-americana em diversos campos, incluindo cinema, televisão, música, literatura, esportes, moda, culinária e tecnologia. A popularidade do “American Way of Life” criou uma afinidade inconfundível com esse estilo de vida e pode até facilitar a adaptação dos brasileiros que buscam construir uma carreira internacional neste país. Mas apenas até certo ponto. “O que você vê nos filmes de Hollywood não representa a diversidade de costumes, características e costumes do resto dos Estados Unidos”, diz Bruno Drummond, sócio da consultoria Drummond Advisors. ``Por exemplo, uma cidade grande na Califórnia e uma cidade pequena no Texas têm estilos de vida muito diferentes.''

Há outro detalhe fundamental. É que a cultura popular norte-americana à qual o mundo inteiro se sente “acostumado” é completamente diferente. A cultura de trabalho atual neste país. Pessoas que não entendem essa diferença podem ficar frustradas quando entram na terra do Tio Sam para trabalhar. “Já vi muitas pessoas desistirem de suas carreiras nos EUA porque não conseguiram se assimilar à cultura”, disse Hayman, sócio-gerente da Hayman Woodward, especializada em imigração natural e corporativa.

Para ele, as principais reclamações dos brasileiros têm a ver com a frieza da atitude dos americanos para com superiores, subordinados e colegas. Para Drummond e Freitas, esse não é o caso. Os locais simplesmente têm um “ritmo” diferente e leva mais tempo do que nós para construir amizades. É necessário estudar e compreender bem essas e outras diferenças culturais para ter uma carreira de sucesso nos Estados Unidos e até mesmo conviver pacificamente com profissionais norte-americanos em empresas multinacionais sediadas no Brasil.

Aqui estão sete conselhos importantes sobre este assunto:

1.     VOCÊ FAZ PERGUNTAS OU FALA SOBRE SUA VIDA PESSOAL? SOMENTE FORA DO ESCRITÓRIO
Em geral, o ambiente de trabalho dos norte-americanos é relativamente informal. Ao contrário dos europeus, por exemplo, é comum que as pessoas sejam chamadas pelo primeiro nome. A diferença com os brasileiros, diz Drummond, é que a informalidade não leva à intimidade. “Você pode ouvir piadas e fazer amigos em sua equipe, mas raramente revela detalhes de sua vida pessoal no trabalho”, dizem os especialistas. Fora do escritório, pode ser mais próximo, mas levará muito mais tempo para se enturmar. No entanto, uma vez estabelecido um relacionamento, você pode esperar um vínculo duradouro.

2.     DINHEIRO É MENOS VALIOSO QUE O TEMPO
Freitas disse que muitos brasileiros estão surpresos com a velocidade do trabalho nos Estados Unidos. Do nível operacional ao estratégico, as decisões são tomadas mais rapidamente do que no Brasil. Isso é resultado das características típicas da espiritualidade do país, que estão resumidas no famoso ditado: “Tempo é dinheiro”. Assim, por exemplo, a gravidade do atraso é reconhecida. Chegar na hora certa aos compromissos e enfatizar a comunicação concisa e objetiva são responsabilidades essenciais para quem deseja trabalhar nos Estados Unidos.

3.     TER A OPINIÃO “ERRADA” É MELHOR DO QUE NÃO TER NENHUMA
Freitas diz que em geral, neste país, pessoas muito neutras são impopulares em reuniões e conversas profissionais. A única exigência é que você tenha uma opinião e baseie seus comentários no princípio da eficiência, que é muito importante para os norte-americanos. Ao expressar uma objeção ou reclamação, o especialista enfatiza que se trata de sua opinião e não da verdade absoluta, e tenta fundamentar sua afirmação tanto quanto possível com base em dados objetivos.

4.     PATRIOTISMO É A REGRA
Não é segredo que os norte-americanos têm orgulho de seu país, mas os profissionais brasileiros muitas vezes ficam irritados quando ouvem que os Estados Unidos são melhores do que outros países no trabalho. Mas o nacionalismo está profundamente enraizado na cultura deste país, diz Freitas, e avançar exige reconhecer a forma como as coisas são e tentar adaptar-se. Aprender sobre a história americana, incluindo o processo de independência da Grã-Bretanha e a política externa do século XX, pode ajudá-lo a compreender melhor o que está por trás deste patriotismo.

5.     SEGUNDO DRUMMOND, OS SUPERIORES DÃO MAIS AUTONOMIA (MAS NÃO ACEITAM DESCULPAS)
Comparados aos gestores brasileiros, os gestores norte-americanos dão mais independência aos subordinados. Funciona assim: Desde que você atenda ao seu ramo de atividade (“descrição do cargo”), você poderá trabalhar com relativa liberdade. “Há muito menos microgerenciamento do que no Brasil”, diz o especialista. O equivalente é que tudo o que for acordado torna-se uma obrigação. Por exemplo, há menos razões para justificar erros e os problemas precisam ser comunicados de forma clara e antecipada. As relações com os superiores costumam ser mais distantes, mas com o tempo torna-se possível quebrar barreiras formais. O feedback é constante.

6.     COLEGAS NUNCA DISCUTEM SALÁRIO
Discrição e profissionalismo se aplicam entre colegas. “Ninguém pergunta sobre seu estado civil, se você tem filhos, nada pessoal e muito menos quanto é seu salário”, diz Masu. A diferença é que os colegas brasileiros querem saber da vida privada uns dos outros para trabalhar com mais conforto. Nos Estados Unidos, a ordem é invertida: as pessoas convivem muito tempo juntas no trabalho antes de se sentirem confortáveis em abordar questões pessoais.

7.     CLIENTES E FORNECEDORES NÃO “NEGOCIAM”
Há também uma característica importante na forma como os negócios são conduzidos neste país. Diferentemente do Brasil, ninguém questiona o preço sem oferecer uma compensação. Se parecer muito caro para você, a outra parte rejeitará o contrato ou tentará negociar o escopo do contrato. Por exemplo, propor uma redução no desempenho ou um pagamento único. Poucas pessoas pedem desconto só para pechinchar. Como o objetivo das negociações é um cenário “ganha-ganha”, faz sentido oferecer algo em troca.