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Moléculas testadas na USP comprovaram ser capazes de aliviar a insuficiência cardíaca
A pesquisa detalha novos mecanismos envolvidos na progressão da insuficiência cardíaca. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com Taiwan e a empresa norte-americana Foresee Pharmaceuticals, desenvolveram uma molécula sintética que pode melhorar a insuficiência cardíaca. Esta é uma doença que mata a maioria das pessoas em todo o mundo. Isso porque outras doenças que afetam o sistema cardiovascular tendem a desenvolver esse quadro, que atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil.
Embora existam muitos tratamentos que possam travar a progressão da insuficiência cardíaca, ainda não existe nenhum tratamento que possa reverter, mesmo parcialmente, a doença. Em casos mais graves, o transplante cardíaco pode ser considerado. Um estudo translacional realizado na USP demonstrou a capacidade de uma molécula chamada AD-9308 de restaurar a atividade da proteína aldeído desidrogenase 2 (ALDH2), presente nas mitocôndrias.
Vários experimentos foram realizados. Este composto protótipo foi originalmente denominado Alda-1 pelo grupo de Ferreira. Na época, a equipe de pesquisa observou que camundongos com insuficiência cardíaca tratados com o medicamento tiveram aumento de 40% na quantidade de sangue bombeado. E esse efeito foi devido à ativação da enzima mitocondrial ALDH2.
Mudanças estruturais foram feitas na molécula para aumentar seus efeitos farmacológicos e qualificá-la como um composto desenvolvível. Depois de muitos testes, foi conseguida a versão número 5.591, denominada AD-9308. Segundo os pesquisadores, as empresas parceiras já concluíram os testes de segurança clínica do AD-9308, com bons resultados. Isso requer mais voluntários e mais tempo. “Mas só assim poderemos confirmar para quais tipos de insuficiência cardíaca o AD-9308 é indicado e em que estágio da doença”, explica o professor da USP.
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