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Maioria dos brasileiros não usa IA generativa como ChatGPT

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Maioria dos brasileiros não usa IA generativa como ChatGPT, aponta pesquisa Um novo levantamento do Datafolha em parceria com o Observatório Fundação Itaú, divulgado nesta terça-feira (19), aponta que a maior parte dos brasileiros não utiliza a IA generativa, como ChatGPT ou Midjourney. O estudo mostra que 93% dos entrevistados utilizam indiretamente algum serviço com IA integrada, seja em redes sociais (89%), em sistemas de recomendação de filmes e músicas, como YouTube (78%), ou em apps de navegação, como Waze e Google Maps (63%). Por outro lado, quando o assunto é criação de conteúdo — texto ou imagem — a participação cai. Aproximadamente 57% nunca usaram geradores de texto e 69% nunca utilizaram ferramentas de geração de imagem.

Conhecimento e educação Apesar de 82% já terem ouvido falar em IA, pouco mais de metade (54%) afirma realmente entender o que ela significa. Para 75%, a tecnologia já faz parte do dia a dia, e 32% dizem sentir sua presença de forma intensa. Na educação, o tom é majoritariamente positivo: 69% avaliam que a IA facilita muito os estudos; 75% dizem ter aprendido algo novo com seu uso e 90% defendem que o domínio consciente da ferramenta deveria ser ensinado a todos os estudantes. Ainda assim, a confiança não é total: 56% dos usuários afirmam revisar sempre as respostas obtidas. Trabalho e saúde No tema mercado de trabalho, a opinião está dividida: 51% não veem a tecnologia como ameaça aos empregos, enquanto 49% temem substituição. Por outro lado, 43% percebem impactos positivos no desempenho das suas atividades. A pesquisa também aponta uso crescente na área de saúde mental: 45% já recorreram à IA para lidar com ansiedade, buscar conselhos ou apenas conversar. Dentre esses, 58% relatam benefícios. Especialistas ressaltam que a IA não substitui o acompanhamento profissional.

Preocupações e expectativas As principais fontes de preocupação envolvem uso inadequado de informações pessoais (42%), risco de vigilância ou manipulação (36%) e medo de desemprego em larga escala (34%). A disseminação de notícias falsas é citada por 31%. Mesmo com receios, muitos veem oportunidades: 41% acreditam que a IA pode acelerar avanços científicos, educacionais e tecnológicos; 39% esperam melhorias significativas em diagnósticos médicos e tratamentos.