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Biden assina 1º decreto para regular a Inteligência Artificial nos EUA.
O documento exige que os desenvolvedores realizem verificações de segurança, criem selos que identifiquem conteúdo gerado por IA em um relatório para mapear riscos potenciais para o mercado de trabalho.
O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou a primeira ordem executiva (algo como um decreto) para regular a inteligência artificial (IA) no país.
Assinado nesta segunda-feira (30), o documento estabelece padrões de segurança e “identifica ações abrangentes para proteger os americanos dos riscos potenciais dos sistemas de IA”.
Numa cerimónia na Casa Branca, Biden disse: "A IA está à nossa volta e é preciso governar essa tecnologia."
Segundo a Associated Press, os Estados Unidos abrigam os principais desenvolvedores desta tecnologia. Alguns deles são Google, Meta, Microsoft e muitas outras startups, como a OpenAI, dona do ChatGPT.
Veja abaixo os principais pontos do decreto:
» os desenvolvedores de sistemas de inteligência artificial terão que compartilhar seus resultados de testes de segurança e outras informações críticas com o governo americano;
» empresas deverão realizar testes para garantir que os sistemas de IA estejam seguros. O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) "definirá os padrões rigorosos para testes extensivos de equipes vermelhas para garantir a segurança antes da divulgação pública", diz o texto;
» para conter fraudes e enganos, o Departamento de Comércio dos EUA terá que desenvolver orientações, como adoção de marca d'água, que ajudem pessoas a identificar um conteúdo criado por IA;
» os Departamentos de Energia e Segurança Interna dos EUA ficarão responsáveis por acompanhar possíveis riscos químicos, radiológicos, biológicos e até nucleares que a IA possa gerar;
» o governo também quer a criação de um documento que direcionará ações para que militares dos EUA usem inteligência artificial "de forma segura, ética e eficaz em suas missões";
» Biden pede que o congresso aprove uma legislação bipartidária de privacidade de dados, para proteger todos os norte-americanos, especialmente crianças;
» o texto prevê a criação de um relatório para identificar potenciais riscos da IA no mercado de trabalho;
» o decreto também pede que os EUA acelerem parcerias com outros países e organizações para garantir que a IA "seja segura e confiável".
» Pressão mundial
Desde que a IA se popularizou no mundo, especialmente após o surgimento do ChatGPT, legisladores de várias nações começaram a considerar como mitigar os perigos da tecnologia para a segurança nacional e a economia.
Em julho, as principais empresas de IA, como a OpenAI, Google e Meta, assumiram compromissos com a Casa Branca para implementar medidas que identifiquem o conteúdo gerado por IA.
O líder do Senado dos EUA, Chuck Schumer, apelou em junho deste ano a uma “legislação abrangente” para promover e garantir salvaguardas para a tecnologia.
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