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Nobel de Medicina: o que é o microRNA, a descoberta levou o prêmio em 2024

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O microRNA está intimamente ligado à regulação dos genes. Os vencedores do prêmio são dois cientistas e professores que se aprofundaram em revelar como essas partículas funcionam.

Os estudos de genética ajudam a compreender o funcionamento das células e entender como surgem doenças tais quais o câncer, o diabetes e enfermidades autoimunes.

Uma vez mais os estudos sobre genética ganham destaque e reconhecimento no Prêmio Nobel (sinônimo de excelência em diversas áreas do conhecimento humano). Depois da bioquímica Katalin Karikó e do imunologista Drew Weissman receberem a honraria em 2023 em decorrência de suas descobertas sobre as modificações do RNA (as quais levaram ao desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro, como as da Covid-19), os vencedores do Nobel de Medicina de 2024 são os cientistas estadunidenses Victor Ambros e Gary Ruvkun por suas investigações sobre o chamado microRNA.

"O Prêmio Nobel deste ano homenageia dois cientistas pela descoberta de um princípio fundamental que rege a regulação da atividade gênica", afirma o site oficial da premiação sobre a escolha.

Mas, afinal, de que se tratam as pesquisas científicas de Victor Ambros e Gary Ruvkun e que impacto podem ter na vida humana?

O que é o microRNA?

"O microRNA é uma nova classe de pequenas moléculas de RNA que desempenham papel crucial na regulação dos genes", explica o artigo do site oficial do Prêmio Nobel dedicado à investigação da dupla de cientistas.

Atualmente, continua a fonte, "sabe-se que o genoma humano codifica mais de mil microRNAs", por isso, a descoberta pioneira revela "um princípio completamente novo de regulação gênica que é essencial para organismos multicelulares, inclusive os humanos. Os microRNAs estão provando ser fundamentalmente importantes para a forma como os organismos se desenvolvem e funcionam", completa a fonte.

Quem são Victor Ambros e Gary Ruvkun, os vencedores do Nobel de Medicina?

Victor Ambros tem 70 anos de idade e realizou sua pesquisa na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Atualmente, ele é professor de Ciências Naturais na Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts.

Já Gary Ruvkun está com 72 anos, é biólogo, e avançou em suas investigações trabalhando no Hospital Geral de Massachusetts e na Faculdade de Medicina de Harvard, onde também é professor de genética, como informa o secretário-geral do Comitê do Prêmio Nobel, Thomas Perlmann.

A descoberta da dupla de cientistas é importante porque ao se aprofundar nos estudos genéticos de RNA é possível entender melhor como funciona a regulação dos genes. "Se ela não funcionar corretamente, isso pode levar a doenças graves, como câncer, diabetes ou autoimunidade. Portanto, compreender a regulação da atividade gênica tem sido uma meta importante por muitas décadas", finaliza o artigo sobre os vencedores do Nobel de Medicina.

Os vencedores do Nobel de Medicina vão dividir um prêmio no valor de 11 milhões de coroas suecas (algo em torno de R$5 milhões, na cotação atual), segundo informa o site da BBC Brasil.