Tensões com China – mas também negócios – aumentam em dois anos de Bolsonaro
Oportunidade & Ajuda 2020-12-15 No Comments

Em março de 2018, pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro visitou a ilha de Taiwan, território autônomo considerado pela China uma província rebelde.
O tour pela Ásia, feito com os filhos, gerou reação da embaixada chinesa em Brasília, que, em uma carta, afirmou ver a visita com “profunda preocupação e indignação”.
“Não só afronta a soberania e integridade territorial da China, como também causa eventuais turbulências na Parceria Estratégica Global China-Brasil, na qual o intercâmbio partidário exerce um papel imprescindível.”
Não seria a primeira nem a última provocação.
Alguns meses depois, Bolsonaro criticou a relação comercial entre o Brasil e o país asiático, acusando a China de estar tentando comprar o país, e não do Brasil.
Dois anos depois, entretanto, a fatia chinesa nas exportações brasileiras se ampliou e as empresas do país asiático continuam investindo no país, como apontam os dados compilados pela Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica) para a BBC News Brasil.
A reportagem conversou com sinólogos, especialistas em relações internacionais, um economista e um ex-embaixador brasileiro na China para entender qual o saldo desses dois anos de relações bilaterais sob Bolsonaro e o que se pode esperar do próximo biênio.
Uma montanha-russa diplomática
Diante do discurso de campanha hostil, o governo Bolsonaro começou com muitas incertezas sobre a postura em relação à China, relembra o diplomata Marcos Caramuru, embaixador do Brasil na China entre 2016 e 2018.
Passado um momento inicial de apreensão, contudo, veio uma relativa “calmaria”, com a visita do vice Hamilton Mourão — a primeira oficial — e a reativação da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), fórum de negociação comercial capitaneado pelos vices de ambos os países e que estava paralisada desde 2015.
O próprio Bolsonaro foi à China em outubro de 2019 e, no mês seguinte, o presidente chinês, Xi Jinping, retribuiu a visita — “um momento importante, em que algumas arestas foram esclarecidas”.
Leia a matéria completa em: Tensões com China – mas também negócios – aumentam em dois anos de Bolsonaro – R7
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